Parece ser
tradição arraigada do povo Amazonense ou melhor brasileiro em generalizar que a
Polícia é ineficiente, corrupta e corruptível, que todo policial é ignorante,
arbitrário e irresponsável, quando na verdade, de uma maneira geral, tais
entendimentos não passam de pensamentos ilógicos e insensatos,
pois a Polícia também evoluiu com o tempo, não estagnou como muitos continuam
em teimar com tais concepções retrógradas.
As ações desastradas e violentas ocorridas no
passado protagonizadas pela maioria dos componentes da nossa instituição
trouxeram conseqüências negativas e depreciativas para todos os nossos policiais
militares atuais que lutam por dias melhores.
A questão da corrupção e da violência policial de
outrora, principalmente quando da ditadura militar, que ultrapassaram todos os
limites da decência e dos direitos do cidadão praticadas por grande parte dos
seus componentes ainda hoje respingam na Polícia atual feito um forte ácido sempre a
corroer as boas e novas intenções dos nossos valorosos profissionais.
Mesmo agora, depois de muito tempo, vencida a
ditadura e instalado o Estado Democrático de Direito através da Constituição cidadã e construída pela vontade
popular a Polícia cidadã, restaram as mazelas desta triste impressão que
infelizmente permanece incutida em grande parte da nossa sociedade.
As
manchas negras das ações corruptas e desumanas praticadas pelos nossos
policiais do passado sujaram o conceito da Polícia Militar. A estrada trilhada
pelos nossos organismos visando extirpar esta infeliz fase dos anais policiais
é árdua e espinhosa, mas passível de ser ultrapassada e vencida pela presente
Polícia cidadã, desde que haja a conscientização do povo de que os tempos são
outros e quando tais fatos negativos se repetem logo os responsáveis são
punidos na forma da Lei.
A
sociedade ainda teme a Policia ao invés de respeitá-la como aliada. A sociedade
repudia a Polícia e dela quer distância. A sociedade não confia na sua Polícia
e pouco faz para ajudá-la no combate ao crime e, para piorar ainda critica
todos os seus atos.
A
Polícia cidadã é a transformação pela qual passou a Polícia de outrora por
exigência da Constituição Cidadã e pelo desejo do cidadão. Essa Polícia
estabelece um sincronismo entre o seu labor direcionado verdadeiramente a
serviço da comunidade, ou seja, uma Polícia em defesa do cidadão e não ao
combate do cidadão.
Hoje
a atuação policial militar se baliza nos princípios norteados pelos direitos
humanos, os quais constam expressamente ou intrinsecamente na nossa
normatização, ou seja, os direitos humanos refletindo na conduta policial,
embora tais direitos para os policiais, quase sempre não são aplicados e
confundidos como se os mesmos não fossem também cidadãos.
É
preciso que se repensem tais conceitos irracionais para o próprio bem estar da
coletividade. Urge, portanto, de mudanças nessas concepções errôneas para que
haja uma maior união e interatividade entre o povo e a sua Polícia. Para que
haja confiança do cidadão nas ações da sua Polícia. Para que a sociedade tenha
a Polícia como sua amiga, como sua aliada, como sua parceira, como sua cúmplice
no combate ao crime.
A
Polícia cidadã é a guardiã da Lei e digna protetora da sociedade e da
cidadania. No seu cotidiano o policial militar previne, protege o bem, combate
o mal, gerencia crises, aconselha, dirime conflitos, evita o crime, faz a paz e
regula as relações sociais. É, portanto o policial, um grande amigo do cidadão
e no seu cotidiano resguarda os seus direitos contra os seus transgressores, ou
seja, protege os direitos humanos dos humanos direitos em detrimento dos seus
reais direitos que de regra são pouco respeitados até mesmo pela sua própria
instituição.
Eu
concluo assim que o policial militar é incompreendido, massacrado, humilhado,
injuriado, desrespeitado, atacado e mesmo assim permanece de pé, firme, forte e
trabalhando sempre em busca da tão sonhada paz social.
PELA
PAZ, PELA ORDEM, SEMPRE ATENTO!